O MEDO CONGELA A ESSÊNCIA DA ALMA?
O dicionário continua aberto… - Na mesma palavra? - Sim. Perdão.
Luísa Rosmaninho
11/29/20242 min read
O dicionário continua aberto…
- Na mesma palavra?
- Sim. Perdão.
- Porquê?
- Ainda não respondi. Aprendi a perdoar?
Dei à luz abandono sem qualquer desígnio de ofensa, mas desmanchei um compromisso.
Recebi fúria indignada.
Absolvi? Não houve agressão ilícita, nem qualquer perigo de ilegalidade!
Vi. Reconheci. Admiti.
Pedi perdão.
Fui abraçada.
UAU…alma gigante, pura e tão elevada!
Agora, ao contrário.
Empurram-me! Dão-me um pontapé!
Consigo perdoar?
Espreitando o passado…
…
Levantei-me da sarjeta…beijei…abri as portas do meu reinado.
Isto é perdoar?
Não sei!
Tenho a cicatriz da humilhação envenenada.
Sei perdoar ou não?
Digam-me!
Esperem, por favor.
Mais dúvidas!
Alguém disse para eu não torturar as “escolhas já escolhidas”.
Sublinhou o recado com uma ordem:
- Perdoa-te!
- Perdoar-me? Como é que faço isso?
AH AH AH…e agora?
Binóculos…lupa…preciso de ver bem ao longe e ao perto!
- Perdoar uma culpa egoísta?
Virei costas. Parti.
Negligência?...ou defendi causa própria?
Perdoar o desabitar da minha essência?
Carrego o remorso traumatizado com fraqueza?
Provavelmente.
Fui apertada pelo fantasma homicida do sonho umbilical.
O medo da crítica.
As unhas espumavam frustração.
- Aiiiiiii…quero ir! Estou presa!
Alguém pode ajudar?
Era um grito afogado!
Mascarava-me com sorrisos deprimidos ou vaidades mentirosas.
Era este o meu palco…a vida que não queria viver.
Submersa em dúvidas virais, usava um traje personalizado – “aparência não é essência”!
Aquela coisa congelou-me! Paralisou-me!
O sangue ficou coalhado!
No espelho da verdade via uma artista, coberta pelo ânimo desanimado e pela garra anorética!
O que pensarão de mim?
Reconhecerão algum talento?
Conseguirei sustentar-me?
O casamento e a família feliz?
Raptei esta penitência.
Fugi!
Parti o espelho!
Vivi um tórrido inferno!
Aiiiiiii!!!
A varinha mágica desenhou uma brisa fresquinha!
Passou por mim. Sussurrou:
- O medo pode ser bom conselheiro.
Não existe para algemar!
Chamei-o para conversarmos os dois. Estapafúrdio? Talvez.
- Ei! Cucu! Onde estás? Senta-te aqui. Posso ver pelos teus olhos?
Onde nasceste?
Desejo entender a tua motivação. Tantos tentáculos! Porquê?
Fala comigo.
Vamos bisbilhotar tempos antigos?
Afinal…
Escolhi o que sabia escolher.
Fiz o que estava preparada para fazer.
Tanta coisa aprendi. A minha caminhada!
Obrigada!
Sem ti, “companheiro”, teria pilotado uma avioneta com asas de papel.
Quedas…
Fraturas…
Tu podes ser bom conselheiro. Não existes para algemar.
Ahhh!!!...fantástico!... Um espelho novo!
- Rugas! Olá! São bonitas. Ficam-me bem! Querem dizer alguma coisa?
- Tudo acontece no exato momento em que deve acontecer.
Tudo acontece no exato momento em que deve acontecer.
Luísa, estás perdoada!
Vai.
Já paralisaste. Já fugiste.
Vai.
Podes seguir.
- De mão dada com o fantasma?
- Sim!
É isso mesmo.
Será que vão bater palmas?
Não importa. Vou dar o meu melhor.
Saborear... Experimentar… Viver…
- Medo! Vens comigo?
Fiquem atentos.
Vou desfilar…!
info@luisarosmaninho.com
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