O caminho começou

“O NOSSO CÉREBRO É O MELHOR BRINQUEDO JÁ CRIADO: NELE SE ENCONTRAM TODOS OS SEGREDOS, INCLUSIVÉ O DA FELICIDADE” CHARLES CHAPLIN

9/25/20232 min read

“O NOSSO CÉREBRO É O MELHOR BRINQUEDO JÁ CRIADO: NELE SE ENCONTRAM TODOS OS SEGREDOS, INCLUSIVÉ O DA FELICIDADE”

CHARLES CHAPLIN

Ao longo da minha vida, e olhando para trás, reconheço que os meus passos têm sido movidos por tempestades…das mais variadas espécies!

Em 2005, após um longo período sem emprego, fui colocada no Porto, com a minha alma feita em frangalhos…

Sentia-me desvalorizada, cansada, vazia, perdida…

Se hoje ainda sou, naquela fase eu era imensamente permeável aos condicionalismos exteriores - sociedade, família, educação, desejos, vontades e emoções dos outros…os meus próprios julgamentos, preconceitos, preocupações, desejos, medos, até!

Ocupava o pensamento com o hipotético pensar dos outros sobre mim e sobre o que esperavam de mim (achava eu!)

Julgava-me a mim e aos outros…eu julgava que eles julgavam…vejam a arte!!!!

Andava a aniquilar a minha alma!

Carregava uma pesada necessidade de antecipar e controlar a vida, o que, consequentemente, fazia florescer em mim a tão famosa ansiedade.

Esta era bem regada pela pressa, pressa em fazer, pressa em ter, pressa em ser.

Mas, como nada acontecia, o que é que ficava?

Frustração, amargura e uma forte vontade em cortar relações com o Universo.

Cansava-me!

Vivia presa ao passado e sempre a adiar a felicidade para momentos futuros, que esperava ansiosamente.

Um dia, na Rua do Almada, deram-me um flyer a anunciar aulas de yoga. Só fui meses depois. A grande questão – será que aquilo dá para treinar os músculos? Essa era a minha preocupação…os músculos, a parte exterior e visível de mim!

Entretanto comecei a comprar uns produtos de beleza (eu e o exterior!!!!) na Ervanária mesmo ao lado do meu trabalho.

Lá também tinham livros. Escolhi um - “CONSCIÊNCIA, a chave para viver em equilíbrio”, do grande autor Osho.

Lia um pouco todos os dias antes de iniciar a jornada laboral…sabem onde? No café mais barulhento que possam imaginar. Aquela confusão à minha volta fortalecia a minha concentração. Na época, ainda fumava…mas nem o cigarro eu acendia, tal era a atenção que a leitura me despertava.

Dei conta, verdadeiramente, da palavra “pensamento”.

Por outro lado, com o yoga comecei a sossegar, a acalmar e a conseguir sentir a minha respiração.

Comecei a fechar os olhos e, por momentos, a ficar sossegada em mim.

De forma mais focada, lia mais e mais praticava o que apreendia.

E assim foi, era como se subisse a uma árvore e lá de cima olhasse para mim…

Continua…