Com alguma pressa, cheguei a Coimbra aos 12 de dezembro de 1973.

Nesta cidade dos "amores e doutores", estudei as leis da justiça.

      - Alguma razão especial?

Sim! Para dar vida à dignidade humana.

Porquê?

Porque somos todos diferentes, mas todos importantes.

Um anseio? Uma causa digna? Garantidamente, o pulsar do meu sangue!

Estranhamente, o canudo soube a pouco.

A insatisfação empurrou a curiosidade!

Arregacei mangas.

Luísa Rosmaninho

Dei a volta completa ao Yoga, naveguei pelo Human Design e ainda espreitei a Teologia.

Tive sorte! Encontrei pessoas incríveis!

Uma delas perguntou:

- Já deste conta de tudo o que tens aprendido? Já reparaste em quem vai tecendo experiências contigo?

Uau! Pois é!

Nunca tinha pensado nisso…

O caminho faz sempre sentido!

Não era para lá ficar. Apenas passar e ver, errar, amar, chorar, sorrir… conhecer!

Só assim percebi que todos somos mestres e alunos uns dos outros.

A vontade de partilhar invocou a criatividade!

Ei, chega aqui!...

Começaram a sair do casulo.

- O quê? Quem?

Histórias para miúdos e graúdos descobrirem coisas importantes que fazem crescer a alegria.

- Onde?

No coração do Mundo!

Ahhhhh… O meu sonho!

Olho lá para trás…

Já em pequena fantasiava palavras ou desenhos. Tocava piano.

Organizava passagens de modelos com panos de cozinha e roupas velhas da avó Inês!

Mais, com voz forte, pisava o palco do teatro!

Afinal, sempre fui uma exploradora…em busca do tesouro!