A GRATIDÃO É O FERMENTO IDEAL PARA UMA COLHEITA EM ABUNDÂNCIA
Afinal, somos todos diferentes, mas todos importantes! Grande conclusão!
Luísa Rosmaninho
2/20/20246 min read
Afinal, somos todos diferentes, mas todos importantes! Grande conclusão!
Agora sim, reconheço o respeito. Eu aceito como os outros são e todos recebem quem eu sou!
É muito fixe! É uma sensação libertadora! Assim, com esta franqueza, adoro estar na multidão.
Entretanto, paguei propinas para frequentar um novo curso - DESAPEGO!
Interessante! Mas porquê?
Para aprender a não ter, a não receber…a perder!
Antigamente, ficava completamente mergulhada no lodo da frustração porque não tinha o emprego que queria ou alguém dispensava a minha companhia.
Esgotava-me de tanto procurar, procurar, procurar aquilo que a ambição reclamava…mas a encomenda teimava em não chegar.
Insistia, insistia, insistia. Quero isto, quero aquilo.
As tempestades precisavam agitar e fazer tremer a corda bamba que eu adorava provocar! Sempre que não sabia escolher o melhor para mim...
zzzzzzzzzzzzzzz, o vento soprava forte!
Recordo-me da época que vivi o desemprego prolongado.
Lamentava-me com revolta…lágrimas gordas escorriam! Sentia-me oprimida! Não tinha dinheiro para ir ao ginásio, não tinha dinheiro para oferecer uma prenda.
Um dia perdi completamente o controlo e gritei…gritei tanto:
- Estou farta disto tudo! Porque é que isto me acontece?
Será que eu não mereço ter um emprego?
Será?
Providência Divina? Deus? Não acredito!
Um Plano Cósmico e Universal? Nada é por acaso?
Isso são uma trapalhada de filosofias ou crenças que não me levam a lado nenhum!
A partir deste momento, só vou contar comigo mesma!
Disse a sensatez da minha mãe:
- Amanhã vais ver as coisas de forma diferente.
Mais ou menos na mesma altura, uma amiga, de um dia para o outro, deixou de querer ter conversas comigo.
- Helo! O que é isto?
Claro que lancei inúmeros foguetões de julgamento perante tal atitude. Fiquei tão incomodada, ou melhor, enjoada, que o meu corpo até vomitou e entrou em estado de emergência!
No rosto nasceram erupções. Nas mãos rebentaram as frieiras mais leprosas que alguma vez vi!
Até que…
- Deixa estar, Luísa.
Assim como tu, há quem hiberne em ondas emocionais.
Cada um toma conta da sua transformação.
Respeita!
Também viras as costas e segues, certo? Então, qual a diferença? Os outros têm o mesmo direito!
Décadas! Foram décadas para deixar ir alguém. Para perceber que não posso exigir o que não querem ou não podem dar.
Comigo é igual e reclamo o contrário? Coisas existem que também não posso, não consigo ou não quero dar.
Precisei arrastar os pés até rebentar as solas dos sapatos, para perceber que não posso ficar à espera…sentada, deitada, a correr, de braços cruzados ou de olhos esbugalhados…não posso ficar à espera que aceitem a minha perfeição!
Ah ah ahahaha!
Perfeição, se é que isso existe!
Todos os dias eram…já não são?...continuam a ser, um treino fenomenal.
Fazia, ou melhor, faço agachamentos para expirar exigência e inspirar aceitação.
Uma coisa é certa, o meu sistema imunitário está fortalecido!
Ainda bem! Por isso, em dias com nuvens no estendal, acham que fico em casa?
Acham que fico quieta à espera que o Sol volte a embrulhar a Terra?
Nem pensar! Vou correr…atravesso a floresta…
Sou um duende! Abraço as árvores! Peço à água pura nascida no céu, que lave o meu rosto!
Hummmm, as rugas já são expressão da minha vida, portanto…o mais importante é que lave o meu olhar, o meu pensar, o meu desejar.
Quando posso, também vou dar um mergulho em águas salgadas, rogando às ondas agitadas que expulsem o cotão escondido em mim.
Faço gargarejos.
Com a areia descasco a pele grossa dos joelhos, cotovelos e calcanhares.
Credo, parecem terapias do purgatório! Não! Quanto muito são feitiços!
Não, também não.
São truques ou auxiliares de memória. Ajudam-me
a relembrar que é normal tentar, tentar, tentar, para um dia acertar;
a recordar que o erro não é uma sentença condenatória, mas o primeiro passo em direção à transcendência da força de vontade em ser quem EU SOU;
a deixar ir, o que precisa ir…
a perceber que a limitação é a acendalha provocadora da minha mutação.
O quê?
Nas aulas práticas dos caminhos, cruzamentos, tropeços, quedas ou escaladas, esta lição recolhi - a limitação é a acendalha provocadora.
Recordam-se das sábias palavras da minha mãe? Acertou em cheio. Hoje, agradeço as coisas maravilhosas que encontrei, precisamente, por estar desempregada. Querem saber?
Um ginásio ao ar livre para eu correr;
sítios paradisíacos, com as mais belas melodias, aromas e outras coisas mais;
roupas novas com etiqueta, prontinhas a serem embrulhadas;
pedras para eu pintar;
ervas para colher, secar e transformar em chás ou águas aromáticas;
tempo para ajudar pessoas, verdadeiramente, carenciadas;
imaginação para inventar coisas saudáveis;
uma família capaz de me alimentar, sustentar, acolher…relativizar as minhas maluqueiras …nem sei o que mais dizer!
Afinal, chamei pela esperança. Até olhei o céu para não desistir!
Parabéns, Luísa!
Ok, a limitação parece que é um desafio.
Parece, não, é mesmo o desafio que preciso para descobrir coisas em mim e no Mundo – o puzzle perfeito! Não falta uma única peça!
É verdade que posso aprender a cada fração de existência, a cada porta trancada com um cadeado de ferro fundido.
O melhor nem sempre é o que eu quero, mas o que a vida tem para me oferecer.
Então agora…
Faço os possíveis para ver as oportunidades de crescimento que, em cada momento, podem surgir.
Esforço-me por valorizar as pessoas que, agora, inspiram a caminhada que escolho seguir.
A propósito, obrigada a quem, neste instante, mastiga estas palavras repletas do meu sentir!
Não posso adiar a felicidade. Tenho tudo aqui…agora…no presente.
A minha avó bem me disse:
- Sabes menina, o presente assim se chama porque é uma verdadeira prenda!
UAU, pois é!
O melhor é permitir-me encontrar.
Permitir-me encontrar o que existe para mim, o que está à minha frente e reclama admiração!
Será que consigo?
Conseguir, consegues, mas a teimosia do pensamento!
Na cabeça devo ter 1001 antenas, constantemente, à caça de coisas para resolver.
Depois, em lume brando, fico a marinar…nessas coisas, que passam a ser preocupações.
Num estalar de dedos, já são um problema.
Como instalo aí toda a atenção, o problema multiplica-se em vários problemas.
Volto ao carrossel…oh não!...outra vez!
Que música desafinada…estridente…roda, torna a rodar!...mais uma voltinha!
Descontentamento…
Desespero…
Ansiedade densa que impede de ver luz…
Raiva…
Campainha…triimmmmmmm…
Era bom que ela fosse automática, não era?
Mas não é!
Contudo, reconhecer que a posso acionar ou lembrar-me dela, já é um feito digno de comemoração internacional.
Triimmmmmmmm…
Lá vou eu respirar fundo. Respirar devagarinho. Todo o corpo inspira e expira devagarinho.
Desvio-me para não ganhar raízes na confusão. Pergunto:
- O que é que isto me oferece?
O que posso aprender com esta situação?
O que preciso ver?
Como posso resolver isto?
O que posso fazer para me libertar?
Como posso melhorar a minha vida?
O que posso mudar?
Sabem, onde nascem as respostas?
Cá dentro! No meu coração!
Estou sempre a chamar pela disciplina! Ela foge?
Se estiver a fazer um tratamento médico à base de suplementos alimentares, preciso dar cumprimento à prescrição até ao fim.
Então, é a mesma coisa. Para curar a minha alma, a dedicação faz parte do receituário.
Good fortune não é obra do acaso.
Esta boa fortuna ou sorte, resulta sim, da força laboral dispensada em cada trilho a investigar. Já há muito que ando de mangas arregaçadas! Só assim posso proceder à ascensão da vida a que tenho direito.
Fantástico!
Olhos! Estão a ver bem ao longe e ao perto?
Ver bem o passado – o professor e, principalmente, o presente – a prenda! Ver o futuro?...
Portanto, das duas, uma: ou estou atenta à campainha ou sou premiada com a lotaria dos raios, coriscos, ventos e chuvas fortes!
Contudo, os tempos mudam! Não faço sinais de fumo, mas pego no megafone:
- Obrigada!
Fico muito grata aos empurrões que me transportam para sítios, onde acabo por ser mais feliz.
Agradecer uma tempestade? Pois! É assim que ganho novas experiências, novas ideias, novas oportunidades, novas pessoas.
Cumprimento o mal com gratidão?
Sim! Para mim é só um “aparente mal”…que vem por bem, com ensinamentos, portas ou janelas escancaradas, para a minha evolução arejar.
Obrigada contrariedades!
Hoje, trabalhando o desapego da vontade teimosa e pouco letrada, consigo olhar, ver, confirmar.
- Obrigada, obrigada, obrigada.
Obrigada, quando o vento sopra de feição, mas também quando me dizem “não”! Pode ser um farol para o meu caminho!
Até parece uma resposta à dúvida ou interrogação:
– Por onde vou? O que é melhor para mim?
Será o Universo em diálogo comigo? Será a inteligência cósmica a orientar os meus passos?
Será?
Obrigada!
Obrigada Inteligência cósmica, superior, divina.
Ai, será que isto parece ridículo?
Mas eu agradeço. Parece que me abro ao entendimento, a uma coisa qualquer maior do que eu!
Será ridículo?
Se estiver a errar, sei que posso mudar, portanto...tudo bem!
Acima de tudo, é aceitação!
Não julguem, contudo, que ela fica sentada na esplanada à espera de ser servida.
Não!
É uma aceitação que pega na lupa ou binóculos e vai à caça ao tesouro, em busca de sabedoria.
Não há passividade ou preguiça. Há exploração, estudo… Encontro, haverá um dia?!
Adorava descobrir…descobrir o que é a vida!
Conto com a vossa ajuda?
Então, obrigada!
Vou encostar a porta. Até já!
info@luisarosmaninho.com
Segue a Caça ao Tesouro da Luísa e DESCOBRE COISAS IMPORTANTES!
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