SOSSEGADA EM MIM
Ao longo da minha vida, e olhando para trás, reconheço que os meus passos têm sido movidos por tempestades…das mais variadas espécies!
9/25/20232 min read


Ao longo da minha vida, e olhando para trás, reconheço que os meus passos têm sido movidos por tempestades…das mais variadas espécies!
Em 2005, após um longo período sem emprego, fui colocada no Porto, com a minha alma feita em frangalhos…
Sentia-me desvalorizada, cansada, vazia, perdida…
Se hoje ainda sou, naquela fase eu era imensamente permeável aos condicionalismos exteriores - sociedade, família, educação, desejos, vontades e emoções dos outros…os meus próprios julgamentos, preconceitos, preocupações, desejos, medos, até!
Ocupava o pensamento com o hipotético pensar dos outros sobre mim e sobre o que esperavam de mim (achava eu!)
Julgava-me a mim e aos outros…eu julgava que eles julgavam…vejam a arte!!!!
Andava a aniquilar a minha alma!
Carregava uma pesada necessidade de antecipar e controlar a vida, o que, consequentemente, fazia florescer em mim a tão famosa ansiedade.
Esta era bem regada pela pressa, pressa em fazer, pressa em ter, pressa em ser.
Mas, como nada acontecia, o que é que ficava?
Frustração, amargura e uma forte vontade em cortar relações com o Universo.
Cansava-me!
Vivia presa ao passado e sempre a adiar a felicidade para momentos futuros, que esperava ansiosamente.
Um dia, na Rua do Almada, deram-me um flyer a anunciar aulas de yoga. Só fui meses depois. A grande questão – será que aquilo dá para treinar os músculos? Essa era a minha preocupação…os músculos, a parte exterior e visível de mim!
Entretanto comecei a comprar uns produtos de beleza (eu e o exterior!!!!) na Ervanária mesmo ao lado do meu trabalho.
Lá também tinham livros. Escolhi um - “CONSCIÊNCIA, a chave para viver em equilíbrio”, do grande autor Osho.
Lia um pouco todos os dias antes de iniciar a jornada laboral…sabem onde? No café mais barulhento que possam imaginar. Aquela confusão à minha volta fortalecia a minha concentração. Na época, ainda fumava…mas nem o cigarro eu acendia, tal era a atenção que a leitura me despertava.
Dei conta, verdadeiramente, da palavra “pensamento”.
Por outro lado, com o yoga comecei a sossegar, a acalmar e a conseguir sentir a minha respiração.
Comecei a fechar os olhos e, por momentos, a ficar sossegada em mim.
De forma mais focada, lia mais e mais praticava o que apreendia.
E assim foi, era como se subisse a uma árvore e lá de cima olhasse para mim…
Continua…
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